Oi pessoal, tudo bem? Hoje quero falar sobre um assunto que preciso retomar sempre que surge uma nova leva de estudantes de japonês.
A habilidade que, acredito, me beneficiou em diversos aspectos da minha vida pessoal e profissional, inclusive no aprendizado do idioma japonês, é a capacidade de minimizar o ruído na comunicação e prever possíveis mal-entendidos.
Essa competência tem sido fundamental tanto na interação com outras pessoas quanto na minha comunicação interna – o diálogo que mantenho comigo mesmo em busca de respostas para as minhas dúvidas e questionamentos.
Embora essa habilidade seja intrínseca à minha personalidade, ela ganhou destaque quando comecei a lecionar japonês. Percebi que muitas vezes recebia perguntas sobre o idioma que não estavam completamente formuladas para serem entendidas e, consequentemente, respondidas.
Assim, aprimorar essa competência se tornou quase uma obsessão e acredito que me tornei cada vez mais eficiente em ser específico e detectar ambiguidades na comunicação.
Este desenvolvimento também se conecta com o meu jeito introvertido. Tenho a tendência de buscar as respostas para meus problemas sozinho, antes de pedir ajuda ou interagir com alguém, o que também contribuiu para aprimorar a minha capacidade de ser preciso. Afinal, precisava saber exatamente o que estava procurando para poder filtrar a resposta correta entre uma infinidade de informações.
Comecei a transmitir essa importância da especificidade para os meus alunos, alertando-os sobre como a ambiguidade pode prejudicar e atrasar o aprendizado, não só do japonês, mas em qualquer busca por soluções para desafios da vida.
Hoje, sou até reconhecido por este estilo, com muitos alunos agradecendo por terem aprendido a ser mais específicos graças a esses conselhos.
No entanto, compreendo que ser específico não resolve tudo. Existem momentos em que a interação é mais importante do que a precisão das informações trocadas. Às vezes, uma pessoa faz uma pergunta não porque deseja a resposta, mas porque quer iniciar uma conversa. Isso foi um aprendizado para mim, principalmente como alguém mais introvertido 🙂
No fim das contas, é importante identificar se estamos em um dos extremos, seja da abstração ou da especificidade, e ajustar conforme necessário.
Posso assegurar que, se a maioria dos estudantes de japonês se inclinasse um pouco mais para o lado da especificidade, teriam mais sucesso em seu aprendizado e na resolução de suas dúvidas.
Eu fiz um vídeo sobre esse assunto que considero uma ótima referência para reflexão. Assista com calma e veja se você se identifica com o que mencionei.
Espero que goste do conteúdo e não deixe de compartilhar comigo suas impressões sobre o assunto ou se essa perspectiva fez sentido para você.